AUTOBIOGRAFIA
Vou relatar aqui minhas
memórias enquanto criança. Sou Ângela Félix Graciano da Rocha, nascida na
cidade de Corumbá, em 1962 e no dia 3 de janeiro, na época era o estado de Mato
Grosso, hoje está dividido em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.Trabalho nas
escolas das águas há dois anos e meios.
Nasci no Bairro
Popular Velha, quando menina mudamos
para o Bairro Popular Nova e hoje resido no Bairro Nova Corumbá: Tenho ótimas
lembranças da minha infância, quando podíamos brincar livremente pelas ruas,
descalça tomar banho de chuva, enquanto
nossos pais conversavam enfrente da casa à noite brincávamos de roda cantando
as cantigas de roda todos juntos meninos e meninas, a roda ficava imensa de
tantas crianças e sem malícias,
dormíamos de janela aberta, o ar era mais puro, não tinha os perigos que se tem
nos dias de hoje.
Os vizinhos se
respeitavam, eram como uma grande família, me recordo com saudades do apito do trem que
passava perto de casa, quando ele apitava as crianças corriam para beira do
trilho só para ver o trem passar dávamos tchau, e os passageiros respondia com
acenos.
Nossos brinquedos
eram confeccionados por nós mesmos com o auxilio de nossos pais principalmente
pelas mães, pois as mães a maioria não trabalhavam fora e eram feitos com
sucatas como, lata, meias velhas, boneca de pano, balanço de pneu de carro, carrinhos de latas e madeiras,
etc..., podíamos confiar nos vizinhos,
nos amigos da família, me lembro de ir para escola de ônibus da marinha, pois
não havia escola perto.
Nas ruas tinha pé de manga, goiaba e outras
frutas, íamos de trem para fazer piquenique de trem em Maria Coelho. Hoje infelizmente
nossa liberdade já não existe mais, pois nossos filhos e netos não podem
brincar nem mesmo sentar enfrente as nossas casas, elas hoje contem grades em questão
de segurança, as crianças não conversam mais, nem mesmo tem amigos só amigos
virtuais, pessoas se conhecem através do computador namoram sem beijos na boca
e se casam sem saber direito com quem e com isso acontecem tragédias
familiares, hoje saímos de casa sem
saber se vamos voltar são e salvos. Deixando nossas famílias apreensivas se
demoramos.
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